Neste sábado, 21, a Petit Verdot presta homenagem ao grande poeta Frederico Garcia Lorca, neste momento em que a Espanha abre processo judicial para apurar os massacres cometidos pelas tropas de Franco durante a Guerra Civil.
Por ser considerado por um desafeto "mais perigoso com a caneta do que outros com o revólver”, Lorca foi denunciado, preso e executado, tudo covardemente, pela ditadura franquista. Um pacifista massacrado pela repressão brutal. Uma voz que nunca se calou pelo legado que Lorca nos deixou. Palavra vivas que sempre teimarão em incomodar, que sempre nos lembrarão que a liberdade é essencial à vida. Viva Lorca! (JR)
Dois vinhos – verdes, naturalmente – serão degustados: os varietais Loureiro e Alvarinho, da Via Latina. Eles chegaram há pouco tempo no Brasil e são sucesso de venda na Petit Verdot. Dois verdes secos, jovens e frutados, ideais para o verão, com preços muito atraentes. Vale a pena experimentá-los. São produzidos pela Vercoope – União de Adegas Cooperativas da Região dos Vinhos Verdes – e importados pela Orion Trade (mais informações: www.vercoope.pt)
Sábado, das 18h às 20 horas
Petit Verdot
Rua Alexandre Herculano,79
Fone (13) 3221.6251)
As duas primeiras estrofes de Verde que te quero Verde, poema traduzido por Afonso Felix de Sousa:
Verde que te quero verde.
Verde vento. Verdes ramas.
O barco vai sobre o mar
e o cavalo na montanha.
Com a sombra pela cintura
ela sonha na varanda,
verde carne, tranças verdes,
com olhos de fria prata.
Verde que te quero verde.
Por sob a lua gitana,
as coisas estão mirando-a
e ela não pode mirá-las.
Verde que te quero verde.
Grandes estrelas de escarcha
nascem com o peixe de sombra
que rasga o caminho da alva.
A figueira raspa o vento
a lixá-lo com as ramas,
e o monte, gato selvagem,
eriça as piteiras ásperas.
Verde vento. Verdes ramas.
O barco vai sobre o mar
e o cavalo na montanha.
Com a sombra pela cintura
ela sonha na varanda,
verde carne, tranças verdes,
com olhos de fria prata.
Verde que te quero verde.
Por sob a lua gitana,
as coisas estão mirando-a
e ela não pode mirá-las.
Verde que te quero verde.
Grandes estrelas de escarcha
nascem com o peixe de sombra
que rasga o caminho da alva.
A figueira raspa o vento
a lixá-lo com as ramas,
e o monte, gato selvagem,
eriça as piteiras ásperas.
(Para conferir o poema na íntegra, clique aqui)
A poesia acima foi extraída de sua "Antologia Poética", Editora Leitura S. A. - Rio de Janeiro, 1966, pág. 53, tradução e seleção de Afonso Felix de Sousa.