sábado, 20 de setembro de 2014

Mais Chile na Petit Verdot: vinho, música e empanada nesta quarta (24)


Sibaris e TH, duas linhas de vinhos de alta gama, serão degustados na próxima quarta-feira,
 dia 24, a partir das 20 horas.
É a nova Festa do Chilena Petit Verdot, com vinhos, musica de Alice Mesquita  e as famosas empanadas da casa.



Foi uma grande festa a que a Petit Verdot realizou quinta-feira passada para comemorar a Independência do Chile. Degustação da Ventisquero/Ramirana, música típica, na voz de Alice Mesquita e a impagável empanada da dona Ana, chilena da gema.

O problema é que muita gente ficou sem lugar, o que obrigou a Petit Verdot a repetir a dose: na quarta, dia 24, haverá nova Festa do Chile, só que desta vez os vinhos serão da Undurraga, cuidadosamente selecionados para você degustar quatro vinhos de alta gama: o chardonnay e o syrah da linha Sibaris e o TH pinot noir e o carmenere.

Mais uma vez a música ficará por conta de Alice Mesquita e as empanadas por dona Ana. O couvert artístico será de R$ 10,00 por pessoa e a degustação R$ 40,00 por pessoa, mas poderá ser grátis se você comprar um dos vinhos degustados.


Undurraga é o vinho que mora no coração dos chilenos. No Brasil, há quem morra de saudades do pinot noir que vinha numa garrafa bojuda, tipo Matheus Rosé. Numa de minhas andanças por Santiago tentei tomar um desses, mas estava meio que passado. Na mesma viagem, estava comprando o Misiones reserva e vi ao lado um produto desconhecido, em oferta: Sibaris. Deixei uma das seis garrafas do Misiones e peguei uma para experimentar. A surpresa foi muito grande: primeiro que, sem oferta, ele custa o dobro do que o concorrente; depois, a grande qualidade. Fiquei tão impressionado que foi um dos primeiros vinhos comprados para a formação inicial do estoque da Petit Verdot.

Já os TH conheci mais recentemente. Terroir Hunter, caçador de terroir. Trata-se de uma linha de vinhos em que se busca para cada tipo de uva a melhor combinação de clima, solo, subsolo e relevo (que compõem o chamado terroir). Assim, os vinhos nos surpreendem a cada gole, a cada ano que passa na garrafa, pois são de guarda. Ainda recentemente tivemos um fenômeno na Petit Verdot: as últimas unidades da safra 2008 foram muito disputadas. tal o estágio que os vinhos se encontravam, especialmente o syrah  Na degustação de quarta, teremos a safra 2012. (José Rodrigues)

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Festa do Chile: música e vinho mostram a alma de um povo

Viva o Chile! A data Nacional do Chile foi muito bem comemorada na Petit Verdot neste 18 de setembro de 2014: vinhos de alta gama da Ventisquero e da Ramirana, com a presença do embaixador dessas vinícolas no Brasil, Nicolas Farias Torres. Foram degustados os Ramirana Gran Reserva sauvignon blanc/gewurztranier e o top Trindad e os Ventisquero Grey cabernet sauvignon e Vertice.
Foi uma noite de grande inspiração de Alice Mesquita, que repartiu com todos nós um pouco da alma chilena nos versos de Neruda, Vinicius de Moraes, Violeta Parra e Victor Jara, entre outros. E muitas empanadas. Legítimas chilena, naturalmente.

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Kaiken produz joia em vinhedo de 150 anos


Na visita à Kaiken, o reencontro com o
enólogo  Rogélio Rabino,
que já esteve  na Petit Verdot,
 e muitas surpresas, principalmente
o malbec Mai, uma joia engarrafada
 
 
Podia colocar a seguinte manchete: Pequeno vinhedo produz joia. Na matéria, explicaria que a Kaiken, o lado argentino do chileno Aurélio Monte, conta com uma pequena e muito bem cuidada vinha que há 150 anos produz malbec. Toda a colheita é reservada para a produção do Mai, o vinho top da bodega, que antes de chegar às nossas mesas passa por um requintado processo de amadurecimento em carvalho de primeiro uso, bem guardadas num depósito subterrâneo de baixa temperatura e umidade ideal. À media luz, o vinhaço repousa ao som de canto gregoriano. Tudo para nascer um vinho perfeito. Em cada safra, são produzidas 4.500 garrafas.
Durante a visita à Kaiken, em agosto, fomos recepcionados pelo amigo Rogélio Rabino, ex-Finca Sophenia, e que agora é o enólogo da bodega. Tranquilo, ele nos leva a visitar os vinhedos que o orgulham, biodinâmicos cujos herbicida e pesticida são de origem animal: cavalos, ovelhas e patos. Nada de química nessa bodega que busca a certificação de biodinâmicos.

            Depois do pequeno passeio e de conhecer a cava onde é guardado o Mai, que tem um altar para a Santa Angel que marca a Montes e a ave-símbolo da bodega em neon, foi a hora de conferir se tanto esforço vale a pena.

            Ao entrarmos na sala de degustação, nove taças municiadas nos aguardavam. Começamos pelo Torrontés de excelente acidez, leve e cítrico. Passamos pelo rosé malbec, uma grata surpresa pela sua elegância, fruta na medida certa e seco. Os tintos se sucederam. Malbec, cabernet sauvignon e corte foram apresentados a partir dos mais simples e, num crescendo, chegamos ao clímax, digo, Mai.

            Sempre corremos risco de nos frustrar quando esperamos demais de alguma coisa. Com o Mai não houve esse perigo. O vinho é a recompensa do trabalho incessante na busca de qualidade e na produção de um vinho que proporciona prazer supremo. Rendemos, pois nossa graça ao enólogo, aos cantores gregorianos que acalentam incessantemente as barricas adormecidas, esperando o mágico despertar.

            Seguramente, é um dos melhores vinhos que já provei, mas seu preço é alto, mais de R$ 300,00, o que nos faz segurar um pouco as emoções e fugir para o corte fantástico produzido pela Kaiken. A seleção de vinhos degustados e discutidos com Rogélio Rabino é exemplar: cada um vale mais o que custa. (José Rodrigues)

Alma chilena. Viva o Chile! Nesta quinta, 18, na Petit Verdot


Assim a Ventisquero recebe os brasileiros
Prepare seu coração para a festa Alma chilena. Viva o Chile! Que a Petit Verdot preparou para comemorar a Independência do Chile. Música, poesia, folclore que compõe qualquer alma estarão presentes em todos os momentos. Alice Mesquita intepretará o melhor da música, declamará versos de Neruda, sempre presentes na Petit Verdot. Já o embaixador da Ventisquero no Brasil – Nicolas Torres – irá reger o concerto de vinhos. Sim, concerto, pois não será uma simples degustação. Para tanto, o coração do maestro Nicolas selecionou:
Ramirana gran res. branco (sauvig. blanc/gewustraminer)

Ramirana Trindade (syrah/cabernet sauvignon/carmenere)

Grey cabernet Sauvignon

Vertice (carmenere/syrah)
 
 

                São quatro vinhaços para comemorar à altura a Independência chilena. O evento – com vagas limitadas – ocorrerá dia 18 de setembro, às 20 horas. Os R$ 40,00 cobrados por pessoa pela degustação dos vinhos podem ser revertidos na compra de uma ou mais garrafas dos produtos degustados. Consumação artística de R$10,00 por pessoa.

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Perlita chardonnay, aprovando esta novidade. E outras, na DiamAndes


                Toda vez que vou a Mendoza dou uma passada na DiamAndes, no Vale do Uco. Gosto muito dos vinhos ali produzidos e não me canso de admirar o projeto arquitetônico dessa bodega pertencente à família Bonnie, tradicional produtora de vinhos em Bordeaux. Um Tudo ali foi concebido para produzir vinhos de alta gama e não há qualquer concessão nessa linha. Tanto que o Perlita é o rótulo de entrada e é fantástico. Para quem viaja para a Argentina, lá é chamado de Diamandina.

                 A última passada pela DiamAndes, em agosto, foi excepcional. Ao lado de Ignácio Ciancio, diretor comercial da empresa, degustamos as três versões do Perlita. O malbec/syrah é velho e admirado conhecido na Petit Verdot e está momentaneamente em falta no Brasil. Muito bom, como sempre. Já conhecia o rosé de malbec de outras viagens, conhecido na Argentina por L’Argentin de Malartic. É um produto surpreendente, que fermenta apenas oito horas na casca da cepa tinta e adquire um rosado voluptuoso que mantém essa característica também no nariz.
                A surpresa ficou por conta dos brancos. O Perlita chardonnay deve chegar no final do mês ao Brasil e é mais uma demonstração do cuidado na elaboração de vinhos. O DiamAndes dessa uva é um dos melhores do mercado, embora tenha atingido um preço que afasta os consumidores, na faixa de R$ 130,00. O Perlita vem para democratizar essa questão: será vendido na faixa de R$ 70,00 e mantém as principais características do irmão mais caro e nos remete a parafrasear o nome de um romance: a sustentável leveza do ser.

foto Ioná Rodrigues
                Os dois vinhos são diferentes e a qualidade do DiamAndes é superior, como não poderia deixar de ser, mas o Perlita tem tudo para agradar e se transformar num sucesso de público no Brasil, infelizmente acostumado com vinhos produzidos com certo relaxo. A estreia ocorrerá no máximo em principío de outubro e a Petit Verdot já está na fila e será uma das primeiras a receber.
                Mas os chardonnays não param por aí. Já está pronto o Gran Reserva, cuja primeira produção teve apenas 4 mil garrafas. Trata-se de um branco de alta gama, para entrar na história dos grandes vinhos. Intenso, envolvente, apaixonante, para se beber até a última gota. Resta saber quantas garrafas virão ao Brasil.
                Incerta é a chegada do rosé Perlita, pois a importadora Magnum apenas começa a pensar em trazê-lo. Durante a degustação da DiamAndes realizada em julho na Petit Verdot essa questão foi discutida com Juarez Fernandes, o gerente comercial da Magnun e Ignácio Ciancio, da DiamAndes. Foi uma conversa longa, de tentativa de convencimento, e os frutos começam a aparecer. Que nas próximas importações tenhamos esse vinho que é um de meus rosés preferidos.
                No final da degustação, o DiamAndes de Uco, o top da bodega. Há quatro anos venho tomando os da safra 2008 e dá para sentir a evolução do vinho. A primeira garrafa era de um vinho quase pastoso de tão encorpado. Intenso, precisou de uma pequena decantação para mostrar todo seu perfume e sabor. Com o passar dos anos, ele foi perdendo essa principal característica e está mais leve, muito equilibrado. Ano a ano, ele sempre traz surpresas. É um bom vinho para comprar algumas garrafas agora e abrir uma a cada ano. (José Rodrigues)