quinta-feira, 26 de setembro de 2024

Uma viagem pela fé, pela história. E pelo vinho...

Uma viagem pela fé,

pela história.

E pelo vinho...

Por José Petit Rodrigues

Quando escrevo sobre história e religião, me atrapalho todo. Alguns dizem que só penso em vinho e não consigo deixar de confundir as coisas. Mas como não misturar?

Em minha recente viagem pela Alemanha, visitei o mosteiro de Eberbach, perto de Heilderberg  , cuja construção foi iniciada em 1136, quase 900 anos atrás. Hoje, é um local turístico que passou por várias reformas ao longo de sua existência, mas está lá, bem conservado, com hotel, restaurante, loja... Foi sede da Ordem Cistersiense, de origem beneditina, bem mais severa e radical em seus votos

E ali foi filmado parcialmente O Nome da Rosa e outros três filmes.

Até aqui, nada de vinho.

Mas já começo a confundir as coisas, ou as coisas começam a se confundir. A Ordem foi criada na Abadia de Cister, em  Saint-Nicolas-lès-Cîteaux, em 1098. Onde fica esse povoado? Borgonha, região em que - parece - o vinho corre pelas veias da população. Se não bastasse, seu fundador foi o abade Roberto de Champanhe...

A bem da verdade - e da confusão... - o sobrenome deveria ser crémant, pois o espumante da Borgonha não pode ser chamado de Champagne.


Com essa origem - rigor religioso e vinho na veia - os abades logo passaram a se dedicar à vinicultura em plena Alemanha, que não tinha tradição nessa área. Cultivaram a uva como faziam na Borgonha e tinham um cuidado especial na produção e guarda. A qualidade foi reconhecida de imediato e o mosteiro passou a se dividir em local de fé e de adega.

Isso porque logo passou a abastecer todas as igrejas e a comercializar o vinho, se transformando numa das maiores vinícolas alemãs.


Na visita, podemos ver o que restou da adega medieval, o conjunto de grandes prensas, os toneis de guarda e a adega, com milhares de empoeiradas garrafas de vinhos. Para fechar, uma passada pela loja, em que podemos experimentar os vinhos que iremos comprar ou simplesmente bebê-los, especialmente o riesling e o pinot noir.

Com quase 900 anos de tradição, os vinhos continuam sendo produzidos nos 230 hectares da vinícola Kloster Eberbach com cuidados severos para manter a qualidade.

Vale a pena pela história. E pelos vinhos...








quinta-feira, 19 de setembro de 2024

A incrível história da marquesa que se dedicou aos pobres e fez um vinho icônico, dos reis

 A incrível história da marquesa

que se dedicou aos pobres

e fez um vinho icônico, dos reis


Por José Petit Rodrigues


Se eu fosse o Papa Francisco, abria uma garrafa de Barolo, dava uma examinada no processo de beatificação de Giulia Falletti di Barolo e tornava essa excepcional mulher em santa.

Francesa, Juliette-Françoise-Victurnienne de Colbert-Maulévrier nasceu em família aristocrática em plena Revolução Francesa , tendo vivido na corte. Mas foi em 1806 que Napoleão Bonaparte, nada menos que ele, patrocinou seu casamento com o marquês Carlo Tancredi Falletti di Barolo, um piemontês que foi levado para a França ainda criança.

Os tempos eram agitados e Napoleão caiu em 1815. Um ano antes, os marqueses de Barolo se instalaram em Piemonte, na Itália, e Juliette italianizou seu nome para Giulia. E foi aí que ela começou a ganhar projeção, assumindo uma vida bem parecida com a de Santa Edwiges. Ricos, passaram e incentivar a cultura, mas o mecenato não bastava. A alma puramente cristã de Giulia desabrochou para a caridade.

Comune di Barolo e o
 castelo dos marqueses ao fundo

Era um tempo em que havia prisão civil e não pagar uma dívida era o caminho para a cadeia. Com isso, numa época patriarcal, as famílias se desintegravam. Começou patrocinando dignidade aos presos, com fornecimento de comida e roupas decentes, além de higiene nos presídios. Foi nomeada superintendente honorária das prisões, tornando a prisão de Turim modelo, graças ao regulamento interno que criou e que foi colocado em discussão com os prisioneiros, que o aprovaram por unanimidade.


Mas esse trabalho ainda não era suficiente. A prisão do patriarca deixava a família na miséria e ela percebeu que teria de ampliar suas ações. Era preciso oferecer assistência alimentar, educacional e médica à população. Cuidou também das mães jovens, das prostitutas e das vítimas. Além de escolas, fundou um abrigo para mães solteiras.

O marques de Barolo sempre foi seu parceiro nessa atuação social e teve uma forte atuação política voltada sempre para o social, o que o fez ser reconhecido como servo de Deus pela Igreja Católica. Atuou muito na epidemia de cólera de 1835, financiando hospital e auxiliando doentes e seus familiares. Morreu três anos depois, vítima da doença, e Giulia continuou sua caminhada cristã. Viúva, voltou-se ainda mais à caridade, até morrer.

 

O que a marquesa tem a ver com o mundo dos vinhos?

 

Pois é. Provavelmente o único desconforto que a marquesa de sangue francês tinha era aturar o vinho tipo caseiro que a região produzia com a uva Nebbiolo, que em 1787 recebeu a seguinte definição:

 “Doce, como o aveludado Madeira, adstringente no paladar como Bordeaux e festivo como Champagne”. O autor? Thomas Jefferson, que depois viria a ser presidente dos Estados Unidos.

Diz a lenda que, tempos depois de se mudar para Piemonte, a marquesa sentiu saudades da terrinha (ou dos vinhos franceses?...) e resolveu melhorar o vinho da região. Chamou seu amigo francês, o enólogo Louis Oudart, para cuidar disso. Há controvérsias, mas fico com essa versão.

Safra 1895 bem guardada
A então rústica nebiollo passou por um processo de vinificação rigoroso, descansando em barricas de carvalho francês, como se fazia na França. Nasceu daí o famoso Barolo, chamado de “vinho dos reis, rei dos vinhos”.

O rei recebia uma dessas por dia
Tem uma historinha também a esse respeito. Numa visita ao rei do Piemonte, Carlos Alberto Sardenha, a marquesa ouviu dele a reclamação de que ainda não conhecia os vinhos dela, que ganhavam fama. A partir daí, ela passou a mandar uma barrica diária do Barolo para o rei, que gostou muito. Um ano depois, eles de reencontraram e ela ouviu outra queixa: “você só mandou 325 garrafas. E as outras 40?”. E respondeu de pronto: “teve a quaresma...”


Uma visita à Marchesi di Barolo, 200 anos depois

Um ótimo programa para quem está no Piemonte é visitar a pequena Barolo, terra dos grandes vinhos com o mesmo nome. E ali poderá conhecer a Marchesi di Barolo, a cantina construída pelos marqueses e que está lá, inteirinha, inclusive com os grandes tonéis com mais de 200 anos.

Na visita, que antecede a uma degustação digna dos reis, dá para ter a dimensão do grande projeto que transformou a uva nebbiolo no icônico barolo. O cuidado com o descanso, a guarda, a refrigeração do vinho é surpreendente para aquela época.

As barricas atuais

Quando a baronesa morreu, sem herdeiros, doou todo seu patrimônio para a entidade social que fundou, ligada à Igreja Católica. E assim ficou até 1929, quando o governo proibiu que a igreja tivesse bens materiais. Foi assim que o enólogo Pietro Abbona adquiriu a vinícola, mantida até hoje pelos seus descendentes, que honram o ideal dos marqueses de Barolo.

Aqui, fica uma pergunta: se você fosse o Papa Francisco não santificava Giulia Falletti di Barolo?

 

domingo, 15 de setembro de 2024

Saiu a lista de ofertas. Aproveite!

 Saiu a lista de ofertas

para você aproveitar.

Escolha seus preferidos


Entregas grátis parcompras acima de R$ 130,00.
Peça pelo zap 13 99711.8250.
Ofertas válidas até  27 de setembro de 2024 ou até acabar o estoque

Brancos

Adobe Reserva Gewurstraminer chileno - R$ 70,00/garrafa

Adobe Reserva - Riesling chileno - R$ 70,00/garrafa

Chac Chac - Sauvignon Blanc argentino - R$ 53,00/garrafa

Monte de Pinheiros - português da Cartuxa - R$ 69,00/garrafa


Rosés

Adobe Reserva - chileno - R$ 70.00/garrafa

Chac Chac - Rosé argentino - R$ 53,00/garrafa

Monte de Pinheiros - português da Cartuxa - R$ 69,00/garrafa

Sangre de Toro - Espanhol da Torres - R$ 49,00/garrafa

Terrarum - chileno da Morandé - R$ 65,00/garrafa


Tintos

Atalaya - português da Baira Interior - R$ 65,00/garrafa

Casas del Toque - Pinot Noir chileno - R$ 65,00/garrafa

Chac Chac - Cabernet Franc  - R$ 53,00/garrafa

Cistus - português do Douro - R$ 98,00/garrafa

Cordillera Andina - Malbec chileno - R$ 49,00/garrafa

Errazuriz 1870 - Cabernet Sauvignon - R$ 74,90/garrafa

Errazuriz 1870 - Carmenere - R$ 74,90/garrafa

Il Pumo 
- Primitivo de Salento italiano - R$ 80,00/garrafa

Kimm - Gran Reserva Cabernet Sauvignon - R$ 110,00/garrafa

Mancura Guardian - Pinot Noir chileno - R$ 73,00/garrafa

Monte de Pinheiros - português da Cartuxa - R$ 69,00/garrafa

Sangre de Toro - Tempranillo espanhol da Torres. R$ 49,00/garrafa

Grey GCM - corte Garnacha/caringnan/Mouvedre - R$ 130,00/garrafa.




Vinhos La Azul, para quem não esquece

 Vinhos Azul, para quem não esquece


Saudades dos vinhos Azul? Que não seja por isso que vai continuar nessa nostalgia. Aproveite para desfrutar da linha varietal dos vinhos que ficaram icônicos na Petit Verdot. Malbec, Cabernet Sauvignon, Sauvignon Blanc e a novidade: Chardonnay, Nesta semana, em oferta exclusiva: de R$ 120,00 por R$ 100,00 a garrafa.

Entregas grátis parcompras acima de R$ 130,00.
Peça pelo zap 13 99711.8250.
Ofertas válidas até  20 de setembro de 2024 ou até acabar o estoque



quarta-feira, 11 de setembro de 2024

Vinhos para todos os tempos

Vinhos para todos os tempos

Em tempos de clima instável, uma seleção e vinhos para acompanhar dias quentes, temperados e frios. Aproveite!

Entregas grátis parcompras acima de R$ 130,00.
Peça pelo zap 13 99711.8250.
Ofertas válidas até  13 de setembro de 2024 ou até acabar o estoque

Il Pumo - primitivo de Salento, italiano, R$ 75,00/garrafa
Mancura Guardian Reserva - pinot noir, chileno, R$ 70,00/garrafa
Casa del Bosque - reserva - chardonnay, chileno, R$ 65,00/garrafa
Casa del Bosque - Gran Reserva - pinot noir, chileno, R$ 99,00/garrafa
Morandé Reserva sauvignon blanc ou  rosé, chileno, R$ 70,00/garrafa
Monte de Pinheiro, branco e rosé, português, R$ 70,00/garrafa
Veo Superior - chardonnay ou canerbet sauvignon, chileno, R$ 50,00/garrafa
Cordillera Andina - malbec, chileno, R$ 50,00/garrafa