E nasce uma nova
embalagem para o seu vinho
Por José Petit Rodrigues
Uma supresa na Prowine - uma das maiores feiras de vinho do mundo - foi essa garrafa estranha. Achei que estava muito colorida e pensei que o rótulo pegava todo o vasilhame com uma película adesiva. Alma de repórter, pedi licença e peguei nas mãos. Não era vidro. O que seria? A resposta: é o mesmo material da bag-in-box, aquelas caixinhas com 3 ou 5 litros de vinho.
Pra que achava que já tinha visto tudo nesse mundo nos 74 anos de vida, foi uma surpresa. Perguntei ao produtor que estava servindo suas obras sobre a conservação do vinho e ele disse: muito boa. E adiantou: será a garrafa do futuro.
A bag-in-box vai conquistando o mundo dos vinhos, principalmente em países como Portugal e Chile, onde o consumo per capta é muito grande e costuma-se acompanhar as refeições com uma boa taça. No Brasil, há ainda um forte preconceito em relação a esse tipo de embalagem. Em parte porque o conteúdo não é das melhores linhas dos produtores.
Pra quem não sabe, naquelas caixinhas têm uma bolha de alumínio interna onde fica o vinhos e que retira o ar quando o líquido sai pela torneira, impedindo que estrague a bebida. Por isso, o vinho pode durar até 30 dias na geladeira. (não se esqueça de deixar a taça de tintos - que não se bebe gelado -uns minutos para chegar à temperatura ideal.
Creio que pode vir a ser mesmo a embalagem do futuro. Além de substituir o garrafão de vinho, essas caixinhas são amplamente usadas no mercado para sucos, leite e outras bebidas. Vamos ver como fica a qualidade do vinhos e como os consumidores reagem.
(Só um lembrete: vinho de garrafão dá dor de cabeça? Em parte é pela má qualidade do produto e excesso de sulfitos (enxofre) para que o vinho dure mais e não avinagre depois de aberto).