segunda-feira, 7 de julho de 2025

O que se falsificava em 1915: champagne, vinho, charuto Havana....


O que já se falsificava 1915:

champagne, vinho, charuto Havana...


 Com a enxurrada de vinhos falsos, roubados ou contrabandeados (em descaminho...), a gente se lembra dos anos 60 e 70, quando a febre era o uísque vindo do Paraguai. Como o valor do vinho supera facilmente a do uísque nos dias de hoje, virou o queridinho dos contraventores.

Mas sempre há uma surpresa nestes tempos em que se falsifica uísque, vinho azeite, cerveja e até pinga.

Sabe desde quando isto acontece no Brasil?

O Estadão reproduziu matéria que publicou em 1915, Veja o título: ‘Coisas da Cidade’: vinho, champanhe, charuto, selo... o que se falsificava em São Paulo em 1915"

Vamos manter  a grafia da época pra ficar mais divertido.

Pelo visto, a falsificação já não era novidade: A falsificação de bebidas em S. Paulo é um facto conhecido de toda a gente. Falsifica-se tudo: desde a agua de Seldta até á do Moringuinho; desde o Porto de 1820 até ás surrapas já falsificadas de norte e sul de Portugal.

Champagne e charutos Havana fakes? Como não: Já aqui se disse que na capital se fabricavam “champagne”. Agora, uma diligência levada a effeito por funccionarios da Delegacia Fiscal parece ter constatado a existencia de uma fabrica destinada a fabricar charutos de Havana.

A repressão era precária, mas pelo menos uma vez a fiscalização teve de agir. Uma casa, importadora de grandes partidas de vinhos da Italia, recebeu ha cerca de dois mezes a visita de um freguez que lhe declarou não querer mais um barril de vinho, porque outro negociante do bairro o comprava á casa questão 30$000 mais barato.

Na investigação que o importador autorizado fez, constatou que os barris eram de pura procedencia, e que sómente o conteudo o não era. O vinho era falso!

O fiscal foi chamado e constatou a fraude, apreendendo a mercadoria. Mas naquele tempo já imperava a corrupção e o comerciante inescrupuloso chorou suas mágoas  e  com  as suas lagrimas e “certos argumentos” que empregou, moveram o funccionario, e a apprehensão ficou sem effeito .

Como se vê, tudo já virava pizza...

https://www.estadao.com.br/acervo/coisas-da-cidade-vinho-champanhe-charuto-selo-o-que-se-falsificava-em-sao-paulo-em-1915/



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