sábado, 5 de março de 2016

Vinho de Adrianna Catena no Dia da Mulher nesta terça, 8




No Dia Internacional da Mulher, a Petit Verdot vai homenagear suas amigas-clientes com cinco vinhos produzidos por mulheres. Hoje, apresentamos Adrianna Catena, que venceu o inimigo interior que detém nossa vontade, e consagrou esse feito em sua obra realizada juntamente com o genial enólogo Alejandro Vigil.
Nesta terça, dia 8 de março, às 20 horas, com musica de Alenvox.

ADRIANNA CATENA - É um desafio e tanto: nascer numa família pioneira na produção de vinho na Argentina, ver o pai levar a bodega às alturas, entre as mais conhecidas do mundo e ver os irmãos fazendo muito sucesso com vinhos de alta gama e alta personalidade. Aparentemente alheia a tudo isso, a jovem Adrianna seguiu outro rumo: foi para a Europa estudar história. Mas Adrianna carregava um sobrenome de peso, Catena, e logo se interessou pela história das uvas e do vinho. Carregava também um sonho oculto, de um dia fazer seu próprio vinho. O pai Nicolás no comando da Catena Zapata, a irmã Laura com a linha Laposta, culminando com os rótulos em homenagem aos seus sobrinhos Luca e Dante (Beso de Dante). O irmão Ernesto se consagrando com a Tikai (Almanegra, o mais conhecido e apreciado entre nós).
Foi numa noite de 2009 em Londres, quando ela caminhava ao lado pelas margens do Tâmisa do enólogo Alejandro Vigil, que começaram a conversar sobre história, escritores e vinhos, logicamente. Nos comentários sobre grandes momentos históricos, concluiu-se que  da dimensão de um Gengis kahn um dia se deixaram vencer por um inimigo oculto que os levaram a vacilações que acabariam provocando derrotas futuras.
E todos nós carregamos este inimigo que nos faz andar de lado, que segura nossos impulsos, vontades, sonhos e realizações.
Naquela noite, os dois resolveram, secretamente, fazer um vinho próprio. Era o começo da batalha que mudaria a vida da mestre em história por Oxford e o genial enólogo. Quando o malbec, levemente incrementado pela uva petit verdot, não tinha como segurar a alegria que a dupla teve com a vitória. Nascia um vinhaço que iria fazer história na Argentina e no mundo, uma combinação de duas personalidades tão diferentes, mas igualmente muito sensíveis: a pesquisadora séria e o irreverente enólogo. Um vinho que ao mesmo tempo respeitava o profundo respeito pela história com a irreverência completa frente o status quo.
Vencida a batalha, o nome veio naturalmente: El Enemigo. Talvez para sempre lembrar que essa batalha nunca termina. E os rótulos contêm uma frase para reflexão: "Ao final do caminho, só recordes uma batalha que lutaste consigo mesmo, o verdadeiro enemigo, a que te fez único".

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