Vinho, tão simples assim...
Zé Petit Rodrigues

Então apareceu a novidade, a tampa de rosca.Como era difícil abrir. Parece que tínhamos de fazer uma penitência por um gole de vinho. Tentava virar aquela rosca; umas cediam, outras não. Faltavam, confesso, força e inteligência.
E assim foi. O saca-rolha melhorou muito,não precisávamos mais fazer força por conta do efeito alavanca. Apareceram aqueles que injetavam ar e a rolha saia sozinha.
Já a tampa de rosca continuava a mesma. Até que um dia um amigo me viu sofrendo e ensinou o caminho das águas:
- Segura a tampa e vira a garrafa.
Tão simples assim,,, E resolvi também outro problema que me angustiava: abrir garrafa de espumante. Fi aí que pensei:
- Segura a rolha e vira a garrafa, Zé.
Meio caminho andado, mas faltava ainda descobrir muitas coisas: por que o vinho tinto depois de aberto estragava logo, mesmo na geladeira?.Ficava horrível.
Um dia resisti ao gosto ruim e, como tinha ficado bastante na garrafa, fui bebendo devagar e devagar descobri que era o gelo. E eu que gostava de tinto na temperatura ambiente... O vinho foi chegando na temperatura e pronto, estava perfeito. Aí perdi o argumento de espanhol de que, quando se abre uma garrafa de vinho, tem de beber inteira. Paciência.
Mais um aprendizado e este foi com o amigo Rodolfo Froes. Ele tem sempre uma meia-garrafa no jeito. Abre a grande e, antes mesmo de experimentar, guarda metade na geladeira. Se estiver inspirado, bebe a outra também. Se não, deixa guardada por alguns dias. A diferença é que ele guarda o vinho antes que se expanda, mantendo suas características originais. E eu que, no final a festa, pegava o vau vin e guardava o que restava o vinho em quantidade e já meia-boca.
Vivendo e aprendendo. Ou bebendo e aprendendo?
continue a nos ensinar..rss bom domingo
ResponderExcluirSensacional!!!
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