sábado, 6 de abril de 2024

Uma deliciosa parábola sobre uvas e vinhos

 

Uma deliciosa parábola sobre uvas e vinhos

José Petit Rodrigues

Vinho também rende parábola. Uma deliciosa parábola, diga-se. Jorge Lucki nos conta em Valor sua aproximação e relacionamento com os grandes nomes do vinho do mundo e, numa degustação em 2006, acompanhou as palavras do italiano Angelo Gaja, que declinou de falar em seu vinho que estava sendo apreciado para falar de sua região, o Piemonte com seus barolos e barbarescos. Para ele, são vinhos difíceis e até complicados de se entender.

Para ser mais claro, usou uma figuração. O cowboy John Waine, quase dois metros de altura, entra numa festa e logo atrai a atenção de todos e é rodeado pelas mulheres encantadas com sua imponência. Bem discreto, entra Marcello Mastroianni, Sem alarde,  uma mulher percebe seu charme natural e dali a pouco estava rodeado pelo mulheril da festa, que enjoaram da mesmice do grandalhão.

E o que essa história tem a ver com o vinho? Para Gaja, Wayne representa a uva cabernet sauvignon, bem comum no mundo todo e que gera vinhos sem personalidade. Precisam ser fortes, encorpados, para agradar. E Mastroianni? Seria a Nebbiolo, que gera os barolos e barbarescos, vinhos elegantes que precisam de atenção nos detalhes, mas acabam encantando.

Leia o grande artigo, que marca a milésima edição da coluna de Jorge Lucki no Valor, uma das mais respeitadas no mundo do vinho. Leia em jorge lucki as personalidades marcantes do mundo do vinho que conheci, publicada em 22.03.2024



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