
O
que acontece quando dois velhos amigos resolvem se unir para fazer seus vinhos?
E
quando um deles é Pepe Galante, que foi o enólogo principal da Catena Zapata
por mais de 30 anos, um dos responsáveis pelo salto de qualidade que a bodega mendoncina teve?
E
quando o outro é Mariano de Paola, enólogo principal da Rutini desde 1995?
O
resultado está expresso no Mapema, a marca registrada desses dois ícones dos
vinhos argentinos.
A
Petit Verdot acaba de receber dois deles: o corte malbec/tempranillo e o branco
sauvignon blanc.
O
corte surgiu da constante busca desses dois grandes enólogos. Já haviam domado
o malbec, tirando o máximo dessa uva consagrada pelo solo argentino quando
descobriram em La Consulta um fantástico vinhedo de tempranillo com mais de 40
anos de idade. Trataram logo de comprar a terra e passaram a trabalhar para
reduzir a produtividade para obter vinhos mais potentes. Dessa soma surgiu o
corte que acaba de chegar na Petit Verdot.
O
branco? Do desejo de produzir um vinho emblemático, tiveram de optar entre o
torrontés pátrio ou o sauvignon blanc. Mais uma vez a experiência valeu:
encontrarm uma vinha de sauvignon blanc em Tupungato ideal para a realização do
sonho.
Quem
leu até aqui deve estar pensando que esses dois vinhos custam uma fortuna. Nada
disso: o branco está sendo vendido a R$ 42,80 e o tinto por R$ 45,00. Melhor não poderia ser. E se tudo não passar de um sonho, pelo menos é um sonho possível.
(José Rodrigues)